Trompetista usa fogo real para criar uma visualização hipnotizante de ondas sonoras
17 de maio de 2023, 16h44 | Atualizado: 18 de maio de 2023, 17h11
Homem cria visualizador de ondas sonoras usando trombeta e fogo
Por Siena Linton
O trompetista brasileiro Moises Alves cria um espetáculo sonoro usando um tubo de metal, chamas dançantes e um solo de trompete ardente.
Para a maioria das pessoas, a música é algo que só experimentamos com os ouvidos. E quando se trata da ciência do som, geralmente é mais fácil entender as coisas que podemos ver. Afinal, ver para crer.
Quando um gênio como Moisés Alves transforma a física em um espetáculo visual, os resultados são muitas vezes fascinantes e desconcertantes, tudo ao mesmo tempo.
Graças a Alves, que toca trompete na Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, podemos agora ver a forma das ondas sonoras por meio de 100 pequenas chamas.
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Tocando seu trompete diretamente em direção ao tubo flamejante, Alves executa um lick jazzístico ao som da melodia de Se não existisse o sol, do artista brasileiro Boi da Maioba, e as chamas parecem dançar em padrões de sua música.
A engenhoca de Alves também é conhecida como “tubo de Rubens”, ou às vezes mais simplesmente “tubo de chama”, em homenagem ao seu inventor, o físico alemão Heinrich Rubens.
O aparelho consiste em um longo tubo selado em ambas as extremidades, com perfurações de alfinetes na parte superior. O selo em uma das extremidades é preso a uma fonte de gás inflamável, que vaza pelos orifícios e cria centenas de pequenos incêndios quando aceso.
Na outra extremidade, Alves parece ter colocado um selo de borracha na extremidade do tubo, que funciona como um diafragma e vibra enquanto ele toca sua trombeta a poucos centímetros dele.
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À medida que as ondas sonoras que emanam do trompete de Alves atingem o diafragma de borracha, fazem-no vibrar na mesma frequência de cada nota. A cada vibração, o diafragma se contrai e se expande, fazendo com que a pressão do ar diminua e diminua à medida que flui através do tubo.
As ondas sonoras então refletem na extremidade selada do tubo e voltam em direção a Alves e sua trombeta.
O resultado é claramente visível e muito bonito. As mudanças de pressão dentro do tubo afetam a altura de queima de cada chama, criando uma forma de onda visível acima do aparelho que se move e muda de acordo com o tom e o volume da nota.
Tudo isto mostra que quando a música e a ciência colidem, coisas maravilhosas podem acontecer.
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